Terceira vitória consecutiva na prova da Escuderia Castelo Branco
Ricardo Teodósio e José Pedro Fontes completam o pódio
Calor e trovoadas tornaram o rali ainda mais desafiante
O campeão nacional de ralis, Armindo Araújo, é o grande vencedor da edição de 2021 Rali de Castelo Branco. O piloto do Skoda Fabia R5 bateu Ricardo Teodósio, que terminou em segundo, por 6,4 segundos, enquanto José Pedro Fontes, que lutou pela vitória até à antepenúltima especial, completou o pódio, a 17,7 segundos do primeiro classificado.
Não é uma nem são duas. São três, as vitórias que Armindo Araújo e Luís Ramalho alcançaram, de forma consecutiva, no Rali de Castelo Branco. Depois dos triunfos em 2019 e em 2020, o campeão nacional em título voltou a ser o mais forte nas estradas da Beira Baixa e carimbou, com o seu nome, a edição de 2021 desta prova pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis.
“Os ares de Castelo Branco são bons para mim. Temos feito boas exibições aqui. É o terceiro ano a vencer. O carro esteve sempre muito bem, a equipa trabalhou muito bem. Em termos de campeonato, esta vitória é óptima”, afirmou Armindo Araújo que dedicou o triunfo à sua avó que faleceu no final desta semana.
Num fim-de-semana marcado pelas temperaturas elevadas, superiores a 30º, os pilotos encontraram, na maior parte dos troços, piso seco. Contudo, a meteorologia instável, com várias trovoadas a trazerem a chuva para esta região no sábado e no domingo, criaram dificuldades adicionais.
Que o diga José Pedro Fontes. Primeiro classificado no final da etapa inaugural, o piloto do Citroën C3 R5 partiu para o segundo dia ao ataque e voltou a ganhar tempo a Armindo Araújo nos 12,24 km de Dáspera – Sesmo – Salgueiral 1. Ainda assim, os dois apresentaram um ritmo muito semelhante, como se percebe pelas quatro décimas que os separaram nesta classificativa.
O troço seguinte, Santo André das Tojeiras 1, foi decisivo para se saber quem seria o vencedor do Rali de Castelo Branco. As trovoadas que se fizeram sentir nessa noite deixaram marcas. Primeiro na estrada, José Pedro Fontes passou por uma curva, logo no início da especial, que tinha lama, o Citroën perdeu aderência e fez um pião. A equipa perdeu quase 20 segundos para Ricardo Teodósio, que venceu a classificativa, e 18,2 segundos para Araújo. O campeão nacional aproveitou o percalço do então líder e assumiu o comando do rali.
A partir daí, e com duas provas especiais pela frente, o piloto do Skoda Fabia limitou-se a gerir a vantagem para selar mais um triunfo, em Castelo Branco, e consolidar o primeiro lugar no Campeonato de Portugal de Ralis. Quem também beneficiou do tempo perdido por José Pedro Fontes foi Ricardo Teodósio. O piloto do Algarve subiu à segunda posição e, a partir daí, tentou chegar à liderança, como revelam as vitórias nas três últimas classificativas da prova.
Teodósio vence a Power Stage
Armindo Araújo arrancou para o derradeiro troço do Rali de Castelo Branco com a vitória quase garantida. Apesar disso, a segunda passagem por Santo André das Tojeiras tinha um interesse adicional: havia pontos extra para os três mais rápidos neste teste.
Ainda com a esperança de vencer o rali, Ricardo Teodósio entrou ao ataque e validou o andamento com a vitória na especial. Assim, juntou três pontos aos 20 do segundo posto em que ficou classificado. Bruno Magalhães, que colocou o Hyundai i20 R5 no quarto posto da classificação geral, foi segundo neste confronto particular. Por fim, o vencedor do rali, Armindo Araújo, ainda conseguiu um ponto para além dos 25 que alcançou com o triunfo.
Carlos Fernandes confirma triunfo nas duas rodas motrizes
Líder desde a segunda especial do Rali de Castelo Branco, Carlos Fernandes fechou a sua participação com o oitavo lugar absoluto e a vitória entre os concorrentes com carros de duas rodas motrizes. O piloto do Peugeot 208 Rally4 venceu todos os troços nesta categoria e liderou a competição do início até ao final. Ricardo Sousa, também com um Peugeot 208, terminou em segundo, a 45,5s, enquanto Rafael Cardeira, em Renault Clio, fechou na terceira posição, a 2m40,4s do primeiro classificado.
Nuno Carreira impõe-se nos Clássicos
Ao volante de um Subaru Impreza, Nuno Carreira venceu o Rali de Castelo Branco para o Campeonato de Portugal de Clássicos de Ralis. A vitória foi evidente, com 48,8s de vantagem sobre o segundo classificado, Daniel Ferreira. O piloto do Mitsubishi Carisma GT foi o único, além do vencedor do rali, a marcar o melhor tempo em especiais. Pedro Leone, em Ford Escort RS Cosworth, completou o pódio.
Na categoria dos GT, Paulo Carvalheiro completou a totalidade da quilometragem no Rali de Castelo Branco para levar o Porsche 911 GT3 Cup ao lugar mais alto do pódio.
Diogo Gago vence Renault Clio Trophy Spain
Perante a armada espanhola do Renault Clio Trophy Spain, Diogo Gago impôs-se e leva a vitória no Rali de Castelo Branco entre os concorrentes deste troféu. O piloto português ainda perdeu a liderança para Miguel Gutierrez, que arrancou para o derradeiro troço com nove décimos de vantagem sobre Gago. Aí, o luso estabeleceu o melhor tempo e venceu com 6,5 segundos sobre German Tabares, que entretanto subiu a segundo, e 9,8s sobre Gutierrez.
Vencedor do troféu Suzuki ganha por duas décimas
Foi até à última. Na Copa Suzuki 2021, Diego Gonzalez venceu por uma unha negra. O piloto da Escuderia Ourense bateu Diego-Alvarez Bragaña por duas décimas de segundo e Aingeru Zaballa, que fechou em terceiro, ficou a 3,7 segundos do primeiro classificado. A competitividade deste troféu foi evidente, com os oito primeiros a terminarem o Rali de Castelo Branco separados por um minuto.
Entre os concorrentes da Dacia Sandero Rally Cup, destaque para Victor Maria, que venceu. Sairo Rodriguez ficou na segunda posição, a 11,6 segundos, e Alberto Briones completou o pódio.
André Cabeças ganha para o Campeonato Centro de Ralis
O Rali de Castelo Branco também pontuou para o Campeonato Centro de Ralis. Neste particular, André Cabeças esteve em grande plano. O piloto do Mitsubishi Mirage Evo venceu todas as especiais da prova organizada pela Escuderia Castelo Branco e selou novo triunfo. O andamento evidenciado foi tal que o segundo classificado, Gonçalo Figueroa, terminou a sua participação no rali a 55,8 segundos de diferença.
A luta pelo derradeiro lugar do pódio foi uma das mais animadas da prova. No final, Pedro Silva foi quem levou a melhor. O piloto do Peugeot 208 completou o pódio, enquanto Ricardo Coelho, em Toyota Starlet 1.3, teve de se contentar com o quarto posto, a 6,8 segundos do terceiro e a 1m51,7s do vencedor.